terça-feira, novembro 29, 2005

Instituto Politécnico de Leiria ou Clássicos dos anos 50 e 60?

Acordo ao ser banhado por um forte raio de sol e levanto-me oscilando por entre a inércia que me atordoa e o devaneio acerca de batatas fritas com molho que tive. Ai, aquele molho cor-de-rosa, uma imensidão de sabor entrelaçado com a descoberta de novos sentimentos referentes ao achado carnal interior ou mesmo o clérigo pudico e nervoso que está dentro de cada um nós a todo o instante. Dirijo-me à porta numa eterna graciosidade e, num passo de ballet, tropeço no tapete, escorregando e batendo com os cornos no chão. Infinitas teorias se agregaram ao meu pensamento nesse preciso e impar momento. Porque razão a democracia actual não funciona, sendo a nossa nação um espaço inóspito e adverso? Será que alguma vez os espaços verdes, já tão poucos, iram desaparecer tornando-se o nosso planeta inabitável? Contudo, apenas consegui soltar um breve, porém forte, “FODASSE” seguido de um “C’um caralho!” atrapalhado e talvez mesmo até um pouco peculiar. Abri a porta vagarosamente e dirigi-me à casa de banho. Segurei a escova de dentes ao não conseguir deixar de reparar o meu reflexo no espelho. Jubilei ao perceber o quão sublime sou. É estranho pensar em tanta incorrecção existente neste globo quando nós (leia-se “Os perfeitos”) somos contemplados com um discernimento colossal, uma alento imaculado e um físico digno. Além do meu descomunal falo, qualquer indivíduo que me conheça sabe que é impraticável ter comigo uma interlocução não baseada em alguma eventualidade cultural ou científica. Apesar de tudo não consigo deixar de repartir com vocês o conhecimento passado a mim pelo meu caro e respeitado ensinador de Física: “Vocês comigo não embicam” e “Estou confrangido!”.

Boa vida.

domingo, novembro 06, 2005

Rolha de tinto ou modem a 56k?

Entrei e subi aquela escadaria que dava à tua casa. Penetrei os teus aposentos e meus olhos encheram-se de alegria apenas por te ver. O teu quarto forrado de memórias e recordações. E foi então que algo me atingiu. Uma ideia acerca de algo fascinante. Os amendoins. Ai, frutos secos deliciosos que normalmente contêm duas sementes, podendo ter três ou apenas uma. O modo como são cultivados com o carinho e amor de mulheres vestidas de trapos, com maridos que se recusam a trabalhar para ir jogar dominó numa esplanada de café. Cumprimentei-te e abriste a gaveta posterior da secretária do teu computador para retirar de lá dentro algo que eu achei que fosse cartão para filtros. Entregaste-mo e li “Jack Johnson”. Obviamente fiquei sem palavras. Pensei em mil e uma frases diferente que pudesse dizer mas nada parecia gratificante o suficiente. Foi então que clamei: “Sabias que o sabor do esperma pode ser melhorado comendo frutas tal como a manga? Li num site”. Levantaste o sobrolho mas nada disseste. Sentamo-nos à frente do teclado e discutimos pela noite fora o traseiro de inúmeras raparigas e o peito avantajado que fulana X rapidamente desenvolveu. Dizem, os mitos urbanos, que o frango contém hormonas que fazem crescer o peito das cachopas. Isso explica bastantes coisas, tal como o sucesso do “João dos Frangos” e o “Xaneca” (entre outros).
Ah, que momentos tão bons.

A ti, Nolascozinho. Espero que estejas melhor da tua ressaca e que nunca mais vás parar ao hospital por causa de algo relativo a álcool.